Pablo Neruda cita em um dos seus belos poemas os critérios para dizer quem são as pessoas que realmente morrem. Nada mais conveniente do que parafrasear o poeta Chileno para falar de Milton Martins Vasconcelos Filho.
Na primeira frase da sua crônica Neruda afirma que “Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em, si mesmo..” Miltinho não só viajou, mas sempre trouxe em sua mala os produtos das amizades que construía, dos sorrisos que cativava e de uma auto-estima invejável contrabalançada com sua vontade sempre presente de ajudar os outros. Nesse aspecto talvez morasse um lado negativo seu de nem sempre se deixar ajudar; por outro lado, nunca destruía o seu amor próprio. Se o poeta citou primeiramente que morre quem não lê e quem não ouve música, pois ele cantava e escrevia.
A pessoa de Miltinho parecia com a que Neruda descreve pois não era uma escrava do hábito. Mudava de marca, arriscava-se a novas cores e novas formas, nunca repetia os mesmos trajetos e, o principal, falava com todos. Não só cumprimentando, mas cativando sempre uma nova amizade com suas palavras marcantes, gestos envolventes, um comportamento inconfundível que o imortaliza mais que suas obras escritas.
Será que algum dia Milton Filho evitou uma paixão. Isso não podemos afirmar, mas é certo que o redemoinho de emoções que todos os dias resgatava o brilho dos seus olhos e o sorriso do seu bocejo, apaixonou muita gente que o tem eternamente em seus corações. Talvez quem teve a oportunidade de conhecê-lo ontem, diria que era imprudente em alguns de seus atos, pois virava a mesa quando estava infeliz com o seu trabalho. Mas se quem arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho ou pelo menos uma vez na vida permite-se fugir dos conselhos sensatos é um Vitorioso, ele, mais do que ninguém, tinha a incrível capacidade de deixar, sempre, mesmo nos momentos mais tensos, o seu encanto superar qualquer rancor e deixar sólido no coração das pessoas a amizade de quem hoje lhe dá o ultimo abraço.
Nem a chuva que caia incessante, nem do sol que brilhava intensamente, muito menos de alguma má sorte que viesse a ter: Da sua boca não saiam queixas! Ele alçou vôos altos e nunca abandonou sua gente, escreveu a história do seu povo e também fez uma trajetória histórica que nunca será esquecida pelas gerações Batalhenses. Do rio Longá ao rio dos Matos, de Cajueiro da Praia a Cristalândia, do Oiapoque ao Chuí, ele travou diversas Batalhas, mas nunca esqueceu da sua e viajou o Piauí, o Brasil e o Mundo espalhando Momentos Felizes. Agora o velho bronze imortal de estanho fado, que é o sino de São Gonçalo, toca outra melodia e, serenamente, como os acordes suaves da Alvorada Batalhense espalha a mensagem de vida que Milton Filho deixa para cada um de nós e leva agora para perto de Deus.
Cleiton Amaral Rodrigues
Historiador Batalhense e companheiro de trabalho de Milton Filho no cerimonial do Palácio de Karnak
Na primeira frase da sua crônica Neruda afirma que “Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em, si mesmo..” Miltinho não só viajou, mas sempre trouxe em sua mala os produtos das amizades que construía, dos sorrisos que cativava e de uma auto-estima invejável contrabalançada com sua vontade sempre presente de ajudar os outros. Nesse aspecto talvez morasse um lado negativo seu de nem sempre se deixar ajudar; por outro lado, nunca destruía o seu amor próprio. Se o poeta citou primeiramente que morre quem não lê e quem não ouve música, pois ele cantava e escrevia.
A pessoa de Miltinho parecia com a que Neruda descreve pois não era uma escrava do hábito. Mudava de marca, arriscava-se a novas cores e novas formas, nunca repetia os mesmos trajetos e, o principal, falava com todos. Não só cumprimentando, mas cativando sempre uma nova amizade com suas palavras marcantes, gestos envolventes, um comportamento inconfundível que o imortaliza mais que suas obras escritas.
Será que algum dia Milton Filho evitou uma paixão. Isso não podemos afirmar, mas é certo que o redemoinho de emoções que todos os dias resgatava o brilho dos seus olhos e o sorriso do seu bocejo, apaixonou muita gente que o tem eternamente em seus corações. Talvez quem teve a oportunidade de conhecê-lo ontem, diria que era imprudente em alguns de seus atos, pois virava a mesa quando estava infeliz com o seu trabalho. Mas se quem arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho ou pelo menos uma vez na vida permite-se fugir dos conselhos sensatos é um Vitorioso, ele, mais do que ninguém, tinha a incrível capacidade de deixar, sempre, mesmo nos momentos mais tensos, o seu encanto superar qualquer rancor e deixar sólido no coração das pessoas a amizade de quem hoje lhe dá o ultimo abraço.
Nem a chuva que caia incessante, nem do sol que brilhava intensamente, muito menos de alguma má sorte que viesse a ter: Da sua boca não saiam queixas! Ele alçou vôos altos e nunca abandonou sua gente, escreveu a história do seu povo e também fez uma trajetória histórica que nunca será esquecida pelas gerações Batalhenses. Do rio Longá ao rio dos Matos, de Cajueiro da Praia a Cristalândia, do Oiapoque ao Chuí, ele travou diversas Batalhas, mas nunca esqueceu da sua e viajou o Piauí, o Brasil e o Mundo espalhando Momentos Felizes. Agora o velho bronze imortal de estanho fado, que é o sino de São Gonçalo, toca outra melodia e, serenamente, como os acordes suaves da Alvorada Batalhense espalha a mensagem de vida que Milton Filho deixa para cada um de nós e leva agora para perto de Deus.
Cleiton Amaral Rodrigues
Historiador Batalhense e companheiro de trabalho de Milton Filho no cerimonial do Palácio de Karnak
Folha de Batalha
Comentários