Nos aproximamos de mais um Natal, festa religiosa que comemora o nascimento de Jesus. Em Batalha, o clima nostálgico e belo, emoldurando a Matriz, nos traz muitas lembranças; muitas saudades. Pela primeira vez, em mais de trinta anos, vamos festejar São Gonçalo sem a presença altiva de minha querida Tetê, que Deus chamou para si em 11 de julho deste ano. Como imaginar essa festa religiosa sem a presença dela?
Já não tinha muito tempo de andar por Batalha. O trabalho, os estudos, as obrigações profissionais me impedem, sempre que quero, de compartilhar do ar despoluído de minha terra. A saudade que bate no peito sofrido por uma miocardiopatia, inflama a alma, nos velhos e bons tempos da manga rainha plantada à porta da casa de minha avó, na Praça da Matriz. As conversas sempre animadas na calçada de dona Elza Machado (a quem carinhosamente chamamos de “tia”), com Ivoninha e companhia limitada, sempre contavam com as “gaitadas” animadas de nossa querida Soraya, a Tatiana, e a singeleza da Daizinha. Sempre ali, ao derredor da Matriz. As noitadas do Bar do Carmélio, do Som de Barzinho, do Skinão (alguém aí ainda lembra?); das festas animadas do Panorama, do Tibunga (depois, chic, 9 de agosto e agora, “três chic” Cleto´s Show House), da Mangueira (que de palhoça aconchegante tornou – se referência).
Ah., quando se fala de saudade, não dá pra esquecer o Cochicho. Quantas noites gostosas naquele lugar aconchegante. Quantas músicas do Roberto foram ouvidas ali e muitas delas testemunharam o início de grandes amores?
Tudo em Batalha gira em torno dela, da Matriz. E por isso, ao redor dele, São Gonçalo, patrono, padroeiro, padrinho, protetor.
Sempre a gente diz: “Fulano, tu vai a festa do bode? Não, amigo, vou mesmo só pro festejo de dezembro”. “Fulana, tu vai pra festa de agosto? Não, vou mesmo só pras festas de São Gonçalo”. “Menino tu vai pro festejo de São Gonçalo? Não vai dar pra ir, tem que trabalhar até o dia 31”. E tudo isso é desnudado com muita saudade. Quando falamos em Batalha, o peito incha, a alma cresce, os olhos brilham e o pensamento vagueia em doses homeopáticas de muita, mas muita saudade!
Pois o momento de matar essa saudade, de rezar fervorosamente, de elevar a Deus as nossas preces e pedir a Ele a sua bênção e proteção chegou.
Dia 15 de novembro, segunda – feira, às 18h., na Capela de Santa Teresinha do 25º BC, em Teresina, a Banda de Música vai estar em forma, defronte a Capela, para solfejar as primeiras notas musicais de algum dobrado do Mestre Fabiano, para saudar, reverenciar e receber São Gonçalo, que chega para mais uma peregrinação nas casas de nossos conterrâneos e amigos.
Em seguida, o Padre Evandro vai celebrar uma Missa, para reforçar esse sentimento de “batalhensidade gonçalina”. E durante muitos dias, uma réplica de sua imagem andará de casa em casa, do Mocambinho ao Porto Alegre, da Santa Maria da Codipe ao Alto da Ressurreição, do Dirceu, Renascença, Todos os Santos, Morada Nova, Promorar, Bela Vista, Parque Piauí, Lourival Parente, Santa Fé ao Jóquei Clube, à Ininga, ao São Cristóvão. E ainda vai passar pelo Vale quem Tem, Vila Maria, Taquari, Planalto Uruguai, descendo pelo Satélite, Socopo, Cabral, Porenquanto, Ilhotas, Centro, Mafuá, Vila Operária, Memorare, Poty Velho, Alto Alegre e tantos outros bairros de Teresina onde tenha um sangue batalhense pulsando nas veias de um ser humano que ama sua terra o tanto quanto venera e respeita São Gonçalo.
Do mais simples ao mais elevado sentimento de amor filial, manifestações de alegria e regozijo se misturam à dor da saudade de muitos que já se foram. Mas nesse momento, tudo é alegria em receber São Gonçalo. É mais um momento de confraternização, quando a família toda reunida, recebe em sua casa os amigos da rua e do bairro para uma oração coletiva em honra e glória a São Gonçalo.
Dessa visita, fica marcado para sempre a emoção, que será registrada por um raio de luz de um flash dessas máquinas modernas, que vão para a tela de um computador, e de lá se proliferam pelo mundo virtual, através da internet, nos sites de relacionamento como o Orkut, e ganham o Piauí, o Brasil e o planeta terra.
Vão para as páginas de notícias, para que os nossos batalhenses que moram em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Maranhão, no Ceará, em Roraima, no Amazonas, no Rio Grande do Sul, em Brasília, na Alemanha, no Japão, nos Estados Unidos, possam “matar” a saudade e com muita felicidade dizer: “este é o meu padroeiro, da minha terra, que saudade!”
E a felicidade ao dizer a frase acima, me trouxe, agora, a imagem nítida, na tela de minha memória a festa linda que nós, batalhenses, fizemos para recepcionar São Gonçalo, em seu retorno da peregrinação em Teresina. Nunca vi tanta gente junta num mesmo motivo. E lá estava ele, Glorioso, sobre o caminhão do Corpo de Bombeiros, com a Guarda de Honra do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, imponente, olhando por sua terra e por sua gente.
E a nós, num gesto de humildade, resta pedir: “Quando o inferno conspirado, julgar minha perdição, Glorioso São Gonçalo, vem salvar meu coração; Ao bom povo de Batalha, vossas bênçãos derramai. Glorioso São Gonçalo, a Deus por nós rogai!!!”.
Texto: Milton Filho
Foto: Jamilly Tabatinga
Já não tinha muito tempo de andar por Batalha. O trabalho, os estudos, as obrigações profissionais me impedem, sempre que quero, de compartilhar do ar despoluído de minha terra. A saudade que bate no peito sofrido por uma miocardiopatia, inflama a alma, nos velhos e bons tempos da manga rainha plantada à porta da casa de minha avó, na Praça da Matriz. As conversas sempre animadas na calçada de dona Elza Machado (a quem carinhosamente chamamos de “tia”), com Ivoninha e companhia limitada, sempre contavam com as “gaitadas” animadas de nossa querida Soraya, a Tatiana, e a singeleza da Daizinha. Sempre ali, ao derredor da Matriz. As noitadas do Bar do Carmélio, do Som de Barzinho, do Skinão (alguém aí ainda lembra?); das festas animadas do Panorama, do Tibunga (depois, chic, 9 de agosto e agora, “três chic” Cleto´s Show House), da Mangueira (que de palhoça aconchegante tornou – se referência).
Ah., quando se fala de saudade, não dá pra esquecer o Cochicho. Quantas noites gostosas naquele lugar aconchegante. Quantas músicas do Roberto foram ouvidas ali e muitas delas testemunharam o início de grandes amores?
Tudo em Batalha gira em torno dela, da Matriz. E por isso, ao redor dele, São Gonçalo, patrono, padroeiro, padrinho, protetor.
Sempre a gente diz: “Fulano, tu vai a festa do bode? Não, amigo, vou mesmo só pro festejo de dezembro”. “Fulana, tu vai pra festa de agosto? Não, vou mesmo só pras festas de São Gonçalo”. “Menino tu vai pro festejo de São Gonçalo? Não vai dar pra ir, tem que trabalhar até o dia 31”. E tudo isso é desnudado com muita saudade. Quando falamos em Batalha, o peito incha, a alma cresce, os olhos brilham e o pensamento vagueia em doses homeopáticas de muita, mas muita saudade!
Pois o momento de matar essa saudade, de rezar fervorosamente, de elevar a Deus as nossas preces e pedir a Ele a sua bênção e proteção chegou.
Dia 15 de novembro, segunda – feira, às 18h., na Capela de Santa Teresinha do 25º BC, em Teresina, a Banda de Música vai estar em forma, defronte a Capela, para solfejar as primeiras notas musicais de algum dobrado do Mestre Fabiano, para saudar, reverenciar e receber São Gonçalo, que chega para mais uma peregrinação nas casas de nossos conterrâneos e amigos.
Em seguida, o Padre Evandro vai celebrar uma Missa, para reforçar esse sentimento de “batalhensidade gonçalina”. E durante muitos dias, uma réplica de sua imagem andará de casa em casa, do Mocambinho ao Porto Alegre, da Santa Maria da Codipe ao Alto da Ressurreição, do Dirceu, Renascença, Todos os Santos, Morada Nova, Promorar, Bela Vista, Parque Piauí, Lourival Parente, Santa Fé ao Jóquei Clube, à Ininga, ao São Cristóvão. E ainda vai passar pelo Vale quem Tem, Vila Maria, Taquari, Planalto Uruguai, descendo pelo Satélite, Socopo, Cabral, Porenquanto, Ilhotas, Centro, Mafuá, Vila Operária, Memorare, Poty Velho, Alto Alegre e tantos outros bairros de Teresina onde tenha um sangue batalhense pulsando nas veias de um ser humano que ama sua terra o tanto quanto venera e respeita São Gonçalo.
Do mais simples ao mais elevado sentimento de amor filial, manifestações de alegria e regozijo se misturam à dor da saudade de muitos que já se foram. Mas nesse momento, tudo é alegria em receber São Gonçalo. É mais um momento de confraternização, quando a família toda reunida, recebe em sua casa os amigos da rua e do bairro para uma oração coletiva em honra e glória a São Gonçalo.
Dessa visita, fica marcado para sempre a emoção, que será registrada por um raio de luz de um flash dessas máquinas modernas, que vão para a tela de um computador, e de lá se proliferam pelo mundo virtual, através da internet, nos sites de relacionamento como o Orkut, e ganham o Piauí, o Brasil e o planeta terra.
Vão para as páginas de notícias, para que os nossos batalhenses que moram em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Maranhão, no Ceará, em Roraima, no Amazonas, no Rio Grande do Sul, em Brasília, na Alemanha, no Japão, nos Estados Unidos, possam “matar” a saudade e com muita felicidade dizer: “este é o meu padroeiro, da minha terra, que saudade!”
E a felicidade ao dizer a frase acima, me trouxe, agora, a imagem nítida, na tela de minha memória a festa linda que nós, batalhenses, fizemos para recepcionar São Gonçalo, em seu retorno da peregrinação em Teresina. Nunca vi tanta gente junta num mesmo motivo. E lá estava ele, Glorioso, sobre o caminhão do Corpo de Bombeiros, com a Guarda de Honra do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, imponente, olhando por sua terra e por sua gente.
E a nós, num gesto de humildade, resta pedir: “Quando o inferno conspirado, julgar minha perdição, Glorioso São Gonçalo, vem salvar meu coração; Ao bom povo de Batalha, vossas bênçãos derramai. Glorioso São Gonçalo, a Deus por nós rogai!!!”.
Texto: Milton Filho
Foto: Jamilly Tabatinga
Fonte: Folha de Batalha
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